segunda-feira, dezembro 03, 2007

Sem palavras...


A 28 de Novembro, avisam-me que saiu um "artigo" no Jornal Global. Afinal, não foi só lá. Vários jornais publoicaram, e até na Tv já falam em situações relacionadas com a UZ.

Começando pelo dito artigo, distribuído pela agência Lusa, reza assim:

O“Mico”morreu horas depois de ter sido encontrado esquartejado na boxe. O“Arlequim” morreu por lhe terem “perfurado o recto” com um “objecto contundente”. São dois dos vários casos denunciados sobre o canil da União Zoófila (UZ), uma associação criada há mais de 50 anos para defender os animais. Histórias que não saem da zoófila porque “quem questiona ou fala tem um processo disciplinar”, mas entre vozes oficiais e anónimas as queixas fazem-se ouvir. Para o presidente da associaçãoAnimal, MiguelMoutinho, aUZ “é um campo de concentração”, com os animais encarcerados e sem condições, “levando-os à loucura”. Em 1997 o canil recebeu a sua única inspecção, que detectou “diversas inconformidades”. Não foi encerrado porque se decidiu que a autarquia cederia terreno para construir um novo canil,mas dez anos depois os animais dispõem exactamente do mesmo espaço. Para a actual presidente, mais espaço e menos animais seria o ideal, mas as alternativas são o canil municipal ou a rua. Uma Assembleia-Geral realizada em Outubro resultou numa troca de acusações acesa. O veterinário foi acusado por um ex-elemento da direcção de ter pontapeado um cão na cabeça e de se ter recusado a ver um animal atropelado, que cinco dias depois acabou por morrer. Acusações que o veterinário negou, com o apoio da presidência da associação. A presidente até 2006, Margarida Namora, aponta a falta de voluntários como motivo de abate de muitos recém- nascidos, “porque não há quem os amamente de duas em duas horas”. Não levar os cães à rua acaba por provocar o medo, porque nunca saíram das boxes e dos corredores da UZ. Mas o mais grave, segundo uma ex-voluntária, é o alegado responsável pelo esfaqueamento continuar na associação. “Em Portugal, as associações que acolhem animais não são a solução, mas sim o problema”, defende Miguel Moutinho.


Factos:
Os casos dos animais referidos não são recentes, e estão indiciados à Polícia desde que ocorreram.
A UZ, comparada com o Canil Municipal, é um paraíso. No panorama das associações nacionais que conheço, é inclusivamente das que melhores condições tem para oferecer aos seus animais.
Outro facto: o Miguel Moutinho podia poupar-se a fazer figura de urso... As associações existem num mundo imperfeito. Quem parar de fazer retórica e optar por meter as mãos na massa, percebe rapidamente que não fossem as associações, muitos dos animais acabariam mortos, sem a hipótese que estar nas ditas associações, apelidadas tão carinhosamente de "campos de concentração" pelo dignissimo, lhe dá: encontrar uma Família. E Família com F maiusculo, sim, que infelizmente são tão pouco abundantes que o resultado está à vista. Qualquer desculpa é boa para abandonar um animal, deixá-lo no canil municipal para abate, amarrado ou atirado por cima do portão de uma associação, atirado do carro em movimento... Parece cruel, ou improvável? Desenganem-se, há disto a rodos, e muito pior.


Portanto, na sequência deste lixo "jornalistico", podem encontrar a posição da Direcção da UZ aqui . Quanto aos numerosos voluntários que trabalham para o bem-estar destes animais, têm também uma palavra a dizer, aqui (entrem para ver as fotos que expressam bem a diferença de há 10 anos para cá.

À Agência Lusa e à Opinião Pública

Os voluntários da União Zoófila, signatários deste comunicado, vêm por este meio expressar o seu repúdio pela notícia da responsabilidade da Agência Lusa e intitulada: ‘Canil é “campo de concentração”.
Nessa notícia é feita a acusação de que os animais da União Zoófila sofrem maus-tratos conscientes e continuados, comparando a instituição a um campo de concentração “com os animais encarcerados e sem condições, levando-os à loucura”.
O dia-a-dia da União Zoófila não é fácil, é uma luta incessante! Os abandonos são constantes, todos os dias chegam pedidos de ajuda, a angústia de saber que é impossível dar resposta a todos... Mais de 700 animais (cães e gatos) encontraram na União Zoófila o seu albergue (que se pretende que seja uma passagem para um futuro melhor). A vivência destes animais, a sua alimentação, tratamento veterinário, a atenção prestada a cada um deles apenas é possível com a ajuda de todos: sócios da UZ, funcionários, voluntários, amigos dos animais.
Sem o empenho de todos os que podem e querem ajudar o futuro daqueles animais é incerto. Todas as mãos são sempre poucas para uma corrente que precisa de ser solidária e grande.
Não vamos retorquir todos os pontos abordados na notícia da Agência Lusa.
No entanto, gostaríamos de saber a forma como foi construída a peça da jornalista Sílvia Maia que, em nosso entender, é tendenciosa. Infelizmente sabemos que não é a primeira vez (e cremos que nem será a última) que a UZ teve este tipo de ataques na imprensa e lamentamos que a jornalista apesar de ter visitado o albergue da UZ tenha revelado graves problemas sensoriais, dando credibilidade à sua catalogação como "campo de concentração". Queremos frisar o seguinte:
É falso que a UZ seja um “campo de concentração”, um local onde os animais não saiam das boxes (excepção feita obviamente no caso dos gatos), nem vejam a luz do sol, vivendo prostrados em jaulas. Decerto que nem todos os cães têm a sorte de ser passeados no exterior do albergue, estando essa tarefa a cargo dos voluntários e padrinhos, já que não existem meios suficientes para contratar funcionários exclusivamente para o efeito.
Nenhum dos voluntários signatários, que são ‘apenas’ alguns dos mais antigos e assíduos, foi ouvido pela jornalista, sendo que a ex-voluntária citada pelo seu nome na referida peça, foi encontrada - por mais do que um dos outros voluntários - a desviar alimentos dos animais para fins particulares. Desde o seu afastamento compulsivo tem demonstrado um forte rancor à Associação.
A triste morte do cão Arlequim (e não cadela como é referido na peça) há cerca de 1 ano e meio atrás foi devidamente comunicada às autoridades tendo-se recorrido aos meios legais disponíveis para apurar responsabilidades e agir em conformidade. Julgamos lógico que se não existisse interesse em apurar os factos nunca o corpo do Arlequim teria seguido para necrópsia.
A serem verdade as afirmações atribuídas a Miguel Moutinho da Associação ANIMAL, deixamos aqui um convite para que esclareça a sua posição relativamente a associações e instituições que acolhem animais domésticos abandonados, e para que faça uma visita ao nosso albergue.
Queremos acreditar que quanto à comparação da situação vivida na União Zoófila em 1997 com a dos dias de hoje, esta só pode ser fruto de uma má qualidade do trabalho jornalístico e de um total desconhecimento da realidade.
Para comprová-lo colocamos aqui fotografias dos animais da União Zoófila em 1997 (altura em que, em Assembleia Geral, foi destituída a Presidente da UZ: Alice Dutra) e o resultado do esforço efectuado pela equipa que iniciou um enorme trabalho na União Zoófila, equipa liderada pela Drª Margarida Namora (Presidente da UZ até Dezembro de 2006).
Os animais entram na UZ em estado de choque físico e/ou emocional derivado da situação de abandono em que se encontravam para em pouco tempo recuperarem a ambos os níveis. E disso somos todos testemunhas ao longo dos ANOS em que lá prestamos serviço.
Por fim convidamos desde já todo o público que teve conhecimento da notícia da Lusa, quer através dessa agência noticiosa, quer através de outro meio de comunicação que nela se tenha baseado, que nos faça uma visita e traga duas coisas, uma em cada mão. Numa mão traga uma pedra, na outra uma saca de ração. Visitem a União Zoófila e convivam com os animais, com os muitos cães e gatos que aí vivem. Todos eles têm nome, todos eles uma história. Se no final acharem que realmente a notícia da Lusa é credível deixem-nos a pedra, senão deixem-nos a ração que é tudo o que precisamos para dar continuidade ao nosso trabalho. Enterrem-nos ou ajudem-nos.

Para as pessoas que já nos visitaram, ou nossos simpatizantes que conhecem a realidade das condições de vida do nosso albergue, fica aqui o convite para adesão a uma petição online de apoio à UZ:"A UZ não é um 'campo de concentração' mas sim um 'campo de salvação' de animais!"http://www.petitiononline.com/uzpet01/petition.html

O meu nome vai constar nos signatários.
Se ficaram esclarecidos, então podem ir assinar a petição.

Finalmente, usando do bom senso que devemos todos ter, e gastando um minuto em reflexão... Porque aparecerão nesta fase, tão sincronizados e perto das campanhas de Natal de recolha de alimentos, estas acusações, este atirar de lama sem fundamentos, pouco esclarecido?

Para bem dos animais da UZ, por favor leiam e pensem nisto...

1 comentário:

ladymary disse...

OBRIGADA UZ pelo carinho dispensado ao gato JOTA que tão bem acolheram e salvaram pois teve assim oportunidade de encontrar uma Família 5*
Uma vez mais, um muito obrigado pelo MUITO que FAZEM!