No seguimento deste post da Mia referente ao dia 25 de Abril, não podia deixar de expressar a minha opinião.
Eu não vivi esse dia porque não era ainda nascida, mas ao menos tenho noção de que foi um bom dia, uma revolução sem sangue, um basta a tudo o que de mau se passava: autoritarismo, tortura, prisão de pensamento e palavra...E é com tristeza que vejo um saudosismo que não entendo relativamente aos tempos do regime salazarista, é com incrudelidade que tento percber como foi eleito o melhor português de sempre, uma figura que eu nem pensava que alguma vez figurasse entre os pretendentes.Algo de muito errado se passa com as pessoas, anda aí muita gente com costela de ovelha, a querer ser placidamente conduzida em rebanho...
Vi algumas entrevistas na TV a pessoas na praia, especialmente jovens. Alguns têm noção do que foi, da importância que teve, outros nem tanto. Não me parece que seja por estarem presentes em manifestações que o sintam mais ou menos, basta que saibam a importância que foi, que se hoje podemos dizer o que queremos, contestar, discutir, devemo-lo a quem fez esse dia, e iniciou uma nova fase na história deste nosso país. O que me preocupa é quando as pessoas não o sabem, não o valorizam, ou pensam que "antes é que se estava bem".
Também no dia 25 de Abril, aproveitei para ir passear com o F e o nosso cão Sniffer, e fizemos um programinha diferente. Fomos de Metro até à Baixa, andámos a passear por ali e voltámos. Conclusão 1: a maioria das pessoas não sabe que um animal, desde que devidamente acondicionado (leia-se cães pequenos ou gatos em transportadoras, cães maiores com trela curta e açaime) pode andar de metro, e provavelmente nunca tinha visto um. Foi uma viagem engraçada, o Snif estava um bocadinho assustado com o barulho, as escadas rolantes, todo o movimento, mas portou-se lindamente. Viu as pessoas, as paredes a passarem do lado de fora, enfim, aproveitou e "cuscou" tudo.
Já em Lisboa, aproveitou bem mais, a querer perseguir todos os pombos, a cheirar a imensidão de aroma diferentes, a aproveitar o solinho que se fazia sentir :) Curiosamente, na imensidão de pessoas que vimos, apenas mais 3 se faziam acompanhar de um cão, o que me leva à segunda conclusão: aparentemente, em plena Lisboa um cão é um pouco como uma vaca - todos sabem que existem, mas muitos nunca viram nenhuma ao vivo e a cores. São tão raros que todos reparam, todos olham, muitos comentam e tentam tocar. É uma sensação estranha, uma vez que normalmente vamos até à Expo ou Belém, e aí cães é o que não falta :D
E pronto, apesar de não ter gostado tanto como da volta de teleférico na Expo (aí ele delirou!), parece-me que o Snif gostou do passeio. Nós gostámos bastante, há uns tempos que não andávamos de metro, e algumas estações entretanto mudaram (Roma e Alvalade, essencialmente)
Eu não vivi esse dia porque não era ainda nascida, mas ao menos tenho noção de que foi um bom dia, uma revolução sem sangue, um basta a tudo o que de mau se passava: autoritarismo, tortura, prisão de pensamento e palavra...E é com tristeza que vejo um saudosismo que não entendo relativamente aos tempos do regime salazarista, é com incrudelidade que tento percber como foi eleito o melhor português de sempre, uma figura que eu nem pensava que alguma vez figurasse entre os pretendentes.Algo de muito errado se passa com as pessoas, anda aí muita gente com costela de ovelha, a querer ser placidamente conduzida em rebanho...
Vi algumas entrevistas na TV a pessoas na praia, especialmente jovens. Alguns têm noção do que foi, da importância que teve, outros nem tanto. Não me parece que seja por estarem presentes em manifestações que o sintam mais ou menos, basta que saibam a importância que foi, que se hoje podemos dizer o que queremos, contestar, discutir, devemo-lo a quem fez esse dia, e iniciou uma nova fase na história deste nosso país. O que me preocupa é quando as pessoas não o sabem, não o valorizam, ou pensam que "antes é que se estava bem".
Também no dia 25 de Abril, aproveitei para ir passear com o F e o nosso cão Sniffer, e fizemos um programinha diferente. Fomos de Metro até à Baixa, andámos a passear por ali e voltámos. Conclusão 1: a maioria das pessoas não sabe que um animal, desde que devidamente acondicionado (leia-se cães pequenos ou gatos em transportadoras, cães maiores com trela curta e açaime) pode andar de metro, e provavelmente nunca tinha visto um. Foi uma viagem engraçada, o Snif estava um bocadinho assustado com o barulho, as escadas rolantes, todo o movimento, mas portou-se lindamente. Viu as pessoas, as paredes a passarem do lado de fora, enfim, aproveitou e "cuscou" tudo.
Já em Lisboa, aproveitou bem mais, a querer perseguir todos os pombos, a cheirar a imensidão de aroma diferentes, a aproveitar o solinho que se fazia sentir :) Curiosamente, na imensidão de pessoas que vimos, apenas mais 3 se faziam acompanhar de um cão, o que me leva à segunda conclusão: aparentemente, em plena Lisboa um cão é um pouco como uma vaca - todos sabem que existem, mas muitos nunca viram nenhuma ao vivo e a cores. São tão raros que todos reparam, todos olham, muitos comentam e tentam tocar. É uma sensação estranha, uma vez que normalmente vamos até à Expo ou Belém, e aí cães é o que não falta :D
E pronto, apesar de não ter gostado tanto como da volta de teleférico na Expo (aí ele delirou!), parece-me que o Snif gostou do passeio. Nós gostámos bastante, há uns tempos que não andávamos de metro, e algumas estações entretanto mudaram (Roma e Alvalade, essencialmente)